Encasquetei. O assunto não me saía da cabeça. Prendi-me nele e ele a mim e o abraço não mais se desfez. Fixo e apertado, assunto grudado. Era o mesmo assunto aquele que me cobria tal qual cobertor, de modo que outros assuntos viram impermeável a barreira no meu cérebro.
Cérebro? Por que cérebro?
Mania de cérebro no mundo atual, talvez o laço amarrado e fixo e forte de assunto comigo tenha sido na mente, ou na perna, no coletivo das unhas, ou até no cotovelo.
Cotovelo?
Aquele que eu uso pra apoiar o braço que apóia a cabeça que apóia o vago olhar que nada enxerga. Mas vê mais do que todos se se trata do assunto amarrado, e nenhum outro assunto adentra meu cotovelo, senão aquele que comigo anda de braço dado.
Qual assunto mesmo? Aquele assunto.
Um comentário:
obrigada pela visita. :)
devo dizer que esse estilo me lembra arnaldo antunes (o arnaldo escritor, em "coisas"). aquelas que não têm paz.
as minhas nunca tiveram.
beijos.
Postar um comentário