Ok, talvez Paraíso, segundo longa-metragem de ficção dirigido pela mexicana Mariana Chenillo, não esteja entre os melhores filmes do mês. Provavelmente, não estará entre os melhores do ano. Mas não é por isso ou por ser um filme nota 6,8 ou 7,0 que não mereça ser visto. Há muitas razões que fazem com que um filme mereça ser visto, e Paraíso tem algumas.
O filme trata de um casal de gordinhos que se chamam, mutuamente, de Gordo e Gorda. Trata-se do apelido carinhoso que cada um endereça ao outro. O Gordo é Alfredo (Andrés Almeida), a Gorda é Carmen (Daniela Rincón). Eles se dão bem e são felizes. Dançam em festas, transam e se beijam com frequência. E por que não? (A pergunta não é sem propósito na medida em que, em algum momento do filme, outros personagens se questionarão, de modo debochado, sobre a vida sexual do casal.) Tudo vai bem, até que o marido, o Gordo, é transferido no trabalho e deve ir morar na Cidade do México. Carmen, a Gorda, o acompanha e deverá construir uma nova vida.
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