terça-feira, 12 de agosto de 2014

Crítica: "Paraíso"

Ok, talvez Paraíso, segundo longa-metragem de ficção dirigido pela mexicana Mariana Chenillo, não esteja entre os melhores filmes do mês. Provavelmente, não estará entre os melhores do ano. Mas não é por isso ou por ser um filme nota 6,8 ou 7,0 que não mereça ser visto. Há muitas razões que fazem com que um filme mereça ser visto, e Paraíso tem algumas.
O filme trata de um casal de gordinhos que se chamam, mutuamente, de Gordo e Gorda. Trata-se do apelido carinhoso que cada um endereça ao outro. O Gordo é Alfredo (Andrés Almeida), a Gorda é Carmen (Daniela Rincón). Eles se dão bem e são felizes. Dançam em festas, transam e se beijam com frequência. E por que não? (A pergunta não é sem propósito na medida em que, em algum momento do filme, outros personagens se questionarão, de modo debochado, sobre a vida sexual do casal.) Tudo vai bem, até que o marido, o Gordo, é transferido no trabalho e deve ir morar na Cidade do México. Carmen, a Gorda, o acompanha e deverá construir uma nova vida.

Continue lendo em Revista AMBROSIA.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Todos nós adorávamos caubóis, de Carol Bensimon (resenha)



Uma viagem idealizada há anos, uma viagem cujo maior prazer (inicialmente) talvez fosse não a sua concretização, mas a sua maquinação em conjunto. Uma viagem que talvez nunca fosse se realizar e que, enfim, acontece. Falo da viagem de Cora e Julia, protagonistas de Todos nós adorávamos caubóis, romance de 2013 da escritora gaúcha Carol Bensimon, pela Companhia das Letras, e que será publicado na Espanha pela Editora Continta Me Tienes. Carol Bensimon estreou pela Não-Editora, em 2008, com o livro Pó de Parede e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, em 2009, e do Prêmio Jabuti, em 2010, por Sinuca em baixo d’água. Em 2012, foi selecionada pela Revista Granta entre os 20 melhores jovens escritores brasileiros.

Todos nós adorávamos caubóis trata de uma viagem e de um reencontro. Essa é, em linhas gerais, a premissa do ótimo romance da autora, que eu já estava há tempos querendo ler.

Mas havia aquelas filas caóticas de livros me esperando. Havia as filas físicas (os livros empilhados na estante) somando-se às filas mentais (aqueles que você mais ou menos ordenou na sua cabeça, os títulos que precisa ler embora ainda não os tenha em mãos), sem contar os títulos penetras: livros-canetas-bic, que surgem na sua mão sem que você se dê conta da rapidez de sua aparição, e que mostram que o acaso faz suas maiores benesses no seu mundinho particular de leitura (tal qual o acaso que se insere em qualquer viagem, o inesperado inerente aos reencontros). Bem, tudo isso adiava o início da minha leitura particular de Todos nós adorávamos caubóis. Enfim, consegui iniciar a leitura e aviso logo que, se você for começar também, não o faça em data próxima a um concurso público para o qual deveria estar se preparando, ou com nenhum outro compromisso inadiável, para não se embananar por dificuldade de fechar o livro antes de chegar ao final. 

Leia mais em Revista AMBROSIA.