Uma viagem
idealizada há anos, uma viagem cujo maior prazer (inicialmente) talvez fosse
não a sua concretização, mas a sua maquinação em conjunto. Uma viagem que
talvez nunca fosse se realizar e que, enfim, acontece. Falo da viagem de Cora e
Julia, protagonistas de Todos nós
adorávamos caubóis, romance de 2013 da escritora gaúcha Carol Bensimon, pela Companhia das Letras, e que será
publicado na Espanha pela Editora Continta
Me Tienes. Carol Bensimon estreou pela Não-Editora, em 2008, com o livro Pó de Parede e foi finalista do Prêmio
São Paulo de Literatura, em 2009, e do Prêmio Jabuti, em 2010, por Sinuca em baixo d’água. Em 2012, foi
selecionada pela Revista Granta
entre os 20 melhores jovens escritores brasileiros.
Todos nós adorávamos caubóis trata de
uma viagem e de um reencontro. Essa é, em linhas gerais, a premissa do ótimo
romance da autora, que eu já estava há tempos querendo ler.
Mas havia
aquelas filas caóticas de livros me esperando. Havia as filas físicas (os
livros empilhados na estante) somando-se às filas mentais (aqueles que você
mais ou menos ordenou na sua cabeça, os títulos que precisa ler embora ainda
não os tenha em mãos), sem contar os títulos penetras: livros-canetas-bic, que
surgem na sua mão sem que você se dê conta da rapidez de sua aparição, e que
mostram que o acaso faz suas maiores benesses no seu mundinho particular de leitura
(tal qual o acaso que se insere em qualquer viagem, o inesperado inerente aos
reencontros). Bem, tudo isso adiava o início da minha leitura particular de Todos nós adorávamos caubóis. Enfim,
consegui iniciar a leitura e aviso logo que, se você for começar também, não o
faça em data próxima a um concurso público para o qual deveria estar se
preparando, ou com nenhum outro compromisso inadiável, para não se embananar
por dificuldade de fechar o livro antes de chegar ao final.
Leia mais em Revista AMBROSIA.
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