quinta-feira, 16 de junho de 2016

parasita

minha língua continua hospedeira de um gosto de cobre. moléculas estrangeiras se espraiam na minha boca, angústia parasita que sabe de cor a cartografia de túneis orgânicos insuspeitos. o bicho sobe do peito à garganta, instala-se na saliva espessa, forma cuspe azedo que, se calhar, lanço no chão gelado. azia é a roupagem de um drama que falho em nomear.

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